Segundo dados do BC, o spread bancário saltou para 18,9 pontos porcentuais. Inadimplência passou para 4,8%. Já taxa média de juros chegou a 30%
O spread bancário, diferença entre o custo desembolsado pelos bancos para captar dinheiro e o custo para quem toma dinheiro emprestado, saltou de 17,5 pontos porcentuais em dezembro para 18,9 p.p. em janeiro no segmento de recursos livres – aqueles sem destinação pré-determinada, difentente do crédito imobiliário, por exemplo. Em paralelo, a inadimplência no mercado de crédito brasileiro ficou em 4,8% em janeiro, maior do que em dezembro, quando registrou 4,7%, informou nesta quinta-feira o Banco Central. Já a taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou janeiro em 30,7%, superior aos 29% em dezembro.
O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 0,1% em janeiro ante dezembro, chegando a 2,717 trilhões de reais, ou 56,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em dezembro, o total de operações de crédito em relação ao PIB estava em 56,5%. Houve aumento de 1% no saldo destinado às pessoas físicas (1,264 trilhão de reais) e queda de 0,7% na disponibilidade de recursos às empresas (1,453 trilhão de reais). No acumulado em 12 meses, a alta foi de 14,8%.
De acordo com a autoridade monetária, analisando apenas o crédito livre houve queda de 1,1% no mês e alta 7,5% em 12 meses, enquanto o direcionado (usado apenas para financiamento habitacional, agricultura e repasses do BNDES) aumentou 1,5% ante dezembro e 25,3% em 12 meses.
No crédito livre, houve crescimento de 0,6% para pessoas físicas no mês e de 7,4% em 12 meses. Para as empresas, no crédito livre, houve queda de 2,7% no mês e alta de 7,5% em 12 meses.
Taxa Selic – Vale comentar que os indicadores de crédito seguem influenciados pela alta dos juros básicos, iniciada pelo BC em abril do ano passado para controlar a escalada da inflação. Em mais uma etapa desse aperto monetário, na quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou em 0,25 ponto porcentual a Selic, a 10,75%, desacelerando o ritmo de alta dos juros básicos.
Fonte: Veja com agência Reuters e Estadão Conteúdo
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