No último artigo falamos sobre como é calculado o spread bancário. Agora, aprofundaremos um pouco mais no tema e falaremos sobre sua composição. O valor do spread não representa somente lucro do banco. Nele também estão inclusos, por exemplo, os custos com a administração da rede de atendimento, impostos, folha de pagamento, entre outros.
O spread bancário é composto por 5 itens: inadimplência, compulsório, impostos diretos, margem líquida e custo administrativo. Abaixo, abordaremos o que significa cada item e qual sua porcentagem aproximada dentro dos cálculos do spread:
Primeiramente vamos listar os itens que não são passíveis de negociação, pois são custos diretamente ligados aos empréstimos:
Inadimplência – 29%
A inadimplência nada mais é do que uma estimativa de perdas em função do não pagamento dos empréstimos por parte dos clientes. A partir do cálculo de risco do crédito, as instituições bancárias reservam uma fração de seu patrimônio para não sofrer prejuízo, caso não recebam o pagamento dos clientes.
Compulsório – 4%
Este item representa os gastos envolvidos no direcionamento obrigatório de recursos pelos bancos. Por exemplo, o BC (Banco Central) exige que as instituições bancárias façam depósitos compulsórios de mais de 40% de suas captações de recursos à vista.
Impostos diretos – 22%
Os impostos diretos é a soma das despesas dos bancos junto ao IR (Imposto de Renda) e a contribuição social sobre o lucro líquido.
Agora, dois componentes que são passíveis de negociação:
Margem líquida – 33%
Inclui a margem de lucro dos bancos e também possíveis erros e omissões das estimativas e dados mensurados.
Custo administrativo – 12%
Representa as despesas do banco em geral. Inclui, por exemplo, o pagamento de salários e benefícios, manutenção de agências, caixas eletrônicos e escritórios, investimentos em tecnologia, publicidade e propaganda, entre outros.
Temos assim que 62% do Spread é passível de ser negociado, o que é bastante interessante, principalmente frente aos altos spreads brasileiros.
Por isso, ressaltamos que a tese de que a inadimplência faz parte do seu spread é assumir que sua empresa irá pagar diretamente pelo “calote” dos demais. Ou seja, os bons pagam pelos maus, em um cenário em que a inadimplência é um ônus para os bancos mas sua empresa que acaba pagando.
Visando equiparar as empresas nas negociações, o CalcBank fornece ao gestor financeiro informações em tempo real e ferramentas necessárias para negociar com um banco em condições de igualdade, equilibrando as negociações e até colocando as empresas em vantagem com o calculo do spread bancário em tempo real como os bancos fazem.
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